"Capoeira está de luto... berimbau entristeceu..."
Faleceu na tarde de ontem (03/05/11) aos 81 anos, Mestre Artur Emídio, importante capoeira do Rio de Janeiro.
Nascido em Itabuna, na Bahia, Artur Emídio começou a praticar a capoeira aos 7 anos com Mestre Paizinho, em um tempo em que a capoeira era proibida por lei, considerada infração pelo código penal brasileiro.
Praticante de luta livre, que incluia diversas modalidades de luta, inclusive a capoeira, Artur Emídio viaja para São Paulo e Rio de Janeiro, no intuito de enfretar outros lutadores.
Na década de 50 muda-se definitivamente para o Rio, onde vem a desenvolver trabalhos com capoeira, sendo considerado o precursor da capoeira carioca.
Abaixo, transcrevi um trecho do dossiê da capoeira elaborado pelo Iphan para o registro da capoeira como patrimônio cultural do Brasil, que relata um pouco sobre Mestre Artur Emídio:
" (...) com a migração de baianos para o sudeste brasileiro, em busca de melhores oportunidades de vida, uma leva de mestres capoeiristas chegou ao Rio de Janeiro nos anos 1950. O mais importante deles foi Arthur Emídio, que vinha de Itabuna, região do cacau na Bahia.
Mestre Arthur Emídio trouxe uma capoeira que não tinha ligação com a capoeira angola de Pastinha nem com a regional de Bimba. Possuía uma movimentação veloz e eficaz marcialmente, tanto que chegou a competir nos ringues com lutadores de outras artes marciais.
(...) Ainda que tivesse ênfase na marcialidade, Arthur Emídio, ao contrário de Sinhozinho, mantinha a orquestração musical e fazia apresentações folclóricas. Instalou sua academia na zona norte do Rio de Janeiro e se tornou um dos capoeiristas mais famosos da cidade. Mestres cariocas importantes como Leopoldina, Celso do Engenho da Rainha, Paulo Gomes, Djalma Bandeira e Vilmar foram seus alunos, o que dá uma dimensão de sua influência na capoeira praticada na zona norte carioca nos anos 1950.
(...) Mestre Arthur Emídio foi, provavelmente, o primeiro capoeirista a viajar para o exterior, entre os anos 1950 e meados de 1960. Ele se apresentou na Argentina, México, Estados Unidos e Europa. Além disso, fez demonstrações para os presidentes brasileiros Vargas e Kubitschek e para os governantes norte-americanos Eisenhower e Kennedy.
Informações do Iphan:
Artur Emídio de Oliveira Mestre Artur Emídio, nasceu em 31 de março de 1930. Com 7 anos começou na Capoeira e em 1945 iniciava como instrutor. É reconhecido mestre em 1960. Discípulo de Teodoro Ramos, Mestre Paizinho de Itabuna-BA criou o grupo de capoeira Artur Emídio no Rio de Janeiro. Deu aulas em instituições das Forças Armadas e realizou centenas de palestras e demonstrações em escolas e praças. Para ele Capoeira era “tanto esporte quanto luta e ação social: é a luta mais bonita do mundo e ainda desenvolve o psicológico do indivíduo”. Acreditava que sua prática “gerou mais respeito ao próximo e o valor da ética”. Por vocação e natureza, a história de Mestre Artur Emídio fez a ligação da antiga capoeiragem carioca com as gerações mais novas. Seu papel agregador foi fundamental na valorização da "velha guarda" da capoeiragem carioca em um cenário em que a capoeira se esportivizava e cativava os mais jovens. Sobretudo na década de oitenta.
Informações do Iphan:
Artur Emídio de Oliveira Mestre Artur Emídio, nasceu em 31 de março de 1930. Com 7 anos começou na Capoeira e em 1945 iniciava como instrutor. É reconhecido mestre em 1960. Discípulo de Teodoro Ramos, Mestre Paizinho de Itabuna-BA criou o grupo de capoeira Artur Emídio no Rio de Janeiro. Deu aulas em instituições das Forças Armadas e realizou centenas de palestras e demonstrações em escolas e praças. Para ele Capoeira era “tanto esporte quanto luta e ação social: é a luta mais bonita do mundo e ainda desenvolve o psicológico do indivíduo”. Acreditava que sua prática “gerou mais respeito ao próximo e o valor da ética”. Por vocação e natureza, a história de Mestre Artur Emídio fez a ligação da antiga capoeiragem carioca com as gerações mais novas. Seu papel agregador foi fundamental na valorização da "velha guarda" da capoeiragem carioca em um cenário em que a capoeira se esportivizava e cativava os mais jovens. Sobretudo na década de oitenta.
Fonte: rabodearraia.com / Iphan
Salve mestres que Deus acompanhe sempre, esteja com vcs onde estiverem.Chora capoeira,capoeira chora,chora capoeira .....
ResponderExcluirGrande!!!
ResponderExcluirFui aluno do mestre Artur na década de 60 e guardo ainda as lembranças da sua capacidade e do respeito aos outros.
ResponderExcluirBaiano bom!
Saudades...
Hamilton Mattos
DEUS TODO PODEROSO!Guarda e protege a alma desse Grande Homem, iluminando seus caminhos.
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