Páginas

domingo, 22 de maio de 2011

Capoeira baiana apresenta Projeto de Lei para Registro do Patrimônio Vivo da Bahia


Capoeiras reunidos com o Deputado Marcelino Galo


Representantes da capoeira baiana estiveram reunidos nessa quarta-feira (18/05/11) com o deputado estadual do Partido dos Trabalhadores Marcelino Galo, para apresentar um Projeto de Lei que institui o Registro do Patrimônio Vivo do Estado da Bahia (RPV-BA).

De acordo com Paulo Magalhães, secretário da Associação Brasileira de Capoeira Angola (ABCA), o objetivo da Lei do Registro do Patrimônio Vivo é “reconhecer o trabalho dos mestres antigos e valorizar os saberes, preservando os aspectos da cultura tradicional ou popular de uma comunidade”. 

A Lei de Registro do Patrimônio Vivo beneficia mestres da cultura tradicional e popular, através da concessão vitalícia de auxílio financeiro mensal oriundo do orçamento das Secretarias de Cultura estaduais.


Freitas, Deputado Galo e Paulo Magalhães

Para serem contemplados, os mestres da cultura devem exercer comprovadamente atividades culturais de relevância e reconhecimento público há mais de 20 anos.

A Lei de Registro do Patrimônio Vivo já existe nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas e Ceará, mas o Projeto de Lei apresentado pelo coletivo baiano possui uma peculiaridade que beneficia especificamente os mestres de capoeira: o estabelecimento de quorum de 40% a 60% das inscrições anuais exclusivamente para mestres de capoeira, tendo em vista a importância da capoeira como uma das maiores representações da cultura baiana no mundo.

“Esperamos que a Bahia avance na valorização da capoeira e que o Estado apoie devidamente os mestres antigos, que são guardiões da nossa cultura, dedicaram toda a sua vida à transmissão de seus saberes, mas têm sérias dificuldades de sobrevivência no dia a dia”, aponta Paulo Magalhães.

“A capoeira é uma das maiores representações da cultura baiana no mundo. Esses mestres, que dedicaram a maior parte de suas vidas ao ensino desses saberes, utilizam a arte como principal meio de vida. A falta de reconhecimento como profissional inviabiliza o acesso a políticas públicas e benefícios sociais”, complementa o deputado Marcelino Galo.

Fonte: Jornal Bahia On line / Teia de notícia / Paulo Magalhães (secretário ABCA)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...