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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Tem dendê, tem axé: a etnografia do dendezeiro - Raul Lody


"Tem dendê na capoeira, na defesa e no ataque
Tem dendê no berimbau e tem dendê no atabaque"

Outro dia me deparei com este livro em um sebo no Rio de Janeiro e imediatamente me interessei em sua leitura, já que muitas cantigas de capoeira fazem referência ao dendê. 

Este livro do etnógrafo e etnólago Raul Lody apresenta os múltiplos usos do dendezeiro, palmeira de origem africana que chegou ao Brasil junto com as embarcações que transportavam os escravos que aqui chegavam. A obra aborda, sobretudo, as relações estabelecidas entre o dendê e as religiões afrobrasileiras.


Dendê
O dendê é amplamente conhecido por seu uso na culinária afrodescendente, seja na elaboração de pratos popularmente consumidos, como o acarajé e o vatapá, seja no preparo de oferendas dedicadas a algumas divindades das religiões de matriz africana.

No candomblé, por exemplo, além do óleo de dendê extraído do fruto do dendezeiro, as folhas, o talo, as palha e as sementes são utilizadas na arquitetura e ornamentação das casas de santo, na confecção de indumentária, ferramentas e insígnias dos orixás.

Atualmente, o dendê é também utilizado na fabricação de comésticos, combustível, chocolate, velas, sabão e uma série de outros produtos.

Leitura recomendada pra quem que conhecer um pouco mais sobre o dendenzeiro!

Referências bibliográficas:
LODY, Raul. Tem dendê, tem axé: etnografia do dendezeiro. Rio de Janeiro: Pallas, 1992.

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