"Lá no céu tem capoeira, uma estrela me falou
Quando ronca a trovoada é que a roda começou..."
Hoje, 05 de abril de 2011, faleceu Mestre Bigodinho, capoeira respeitado e admirado, uma das importantes referências da capoeira.
Reinaldo Santana, conhecido na capoeiragem como Mestre Bigodinho, nasceu em 13 de setembro de 1933 na cidade de Santo Amaro, Bahia.
Iniciou a prática da capoeira em 1950 com Mestre Waldemar da Paixão, tendo se afastado na década de 70 por conta da repressão e desvalorização que a capoeira enfrentava.
Nos anos 90, incentivado pelo mestre e amigo Lua Rasta, retorna ao convívio da capoeira, ingressando na Associação Brasileira de Capoeira Angola - ABCA e presenteando a todos que tiveram a felicidade de conhecê-lo com seus conhecimentos e sabedoria.
Informações do Iphan:
Reinaldo Santana nasceu na comunidade quilombola do Acupe, Santo Amaro da Purificação-BA em 13 de setembro de 1933. Morava no bairro do Cabula, em Salvador e começou na capoeira em 1950. Em 1960 passa a professor e é reconhecido mestre em 1968. Discípulo de Waldemar da Paixão, jogava na rua Pero Vaz, Liberdade, onde herdou e manteve a linhagem de capoeira Angola da Bahia. Também aprendeu com os mestres Traíra e Zacarias. Coordenou o grupo resistência na década de 60, na Lapinha-BA. Dizia “ser do tempo” em que a polícia reprimia as rodas e ameaçavam: “pare senão furo o pandeiro e quebro o berimbau”. “Mas graças a Deus hoje tá diferente”, concluía. Integrou o grupo folclórico Viva Bahia de Emília Biancardi. Compositor, participou de inúmeras gravações em especial de um CD com Mestre Boca Rica. Fala da sua vida no Brasil e no mundo no DVD Tributo a Mestre Bigodinho. Afirmava que preferia “fazer pouco bem feito que o muito mal feito”; “Capoeira não é valentia. É defesa pessoal e cada qual se defende como pode na hora da necessidade”.
Informações do Iphan:
Reinaldo Santana nasceu na comunidade quilombola do Acupe, Santo Amaro da Purificação-BA em 13 de setembro de 1933. Morava no bairro do Cabula, em Salvador e começou na capoeira em 1950. Em 1960 passa a professor e é reconhecido mestre em 1968. Discípulo de Waldemar da Paixão, jogava na rua Pero Vaz, Liberdade, onde herdou e manteve a linhagem de capoeira Angola da Bahia. Também aprendeu com os mestres Traíra e Zacarias. Coordenou o grupo resistência na década de 60, na Lapinha-BA. Dizia “ser do tempo” em que a polícia reprimia as rodas e ameaçavam: “pare senão furo o pandeiro e quebro o berimbau”. “Mas graças a Deus hoje tá diferente”, concluía. Integrou o grupo folclórico Viva Bahia de Emília Biancardi. Compositor, participou de inúmeras gravações em especial de um CD com Mestre Boca Rica. Fala da sua vida no Brasil e no mundo no DVD Tributo a Mestre Bigodinho. Afirmava que preferia “fazer pouco bem feito que o muito mal feito”; “Capoeira não é valentia. É defesa pessoal e cada qual se defende como pode na hora da necessidade”.
Esse acontecimento acirra o debate em torno da inércia e descaso do poder público diante da situação de esquecimento, desamparo e abandono que muitos dos antigos mestres da capoeira enfrentam.
O ofício de mestre de capoeira foi registrado como patrimônio cultural do Brasil, no entendimento de que o mestre é o detentor de um saber popular transmitido oralmente que deve ser preservado, porém até o momento nenhuma ação efetiva foi realizada para reverter a situação dos mestres e valorizar estas pessoas que são tão importantes para todos nós capoeiristas.
Enquanto o governo não atua de forma eficaz e eficiente, nossos mestres vão partindo dessa vida à mingua, muitas vezes em uma precária situação financeira e de saúde.
Nesse meio tempo, o Governo Federal nos envia comunicados com frases nada esclarecedoras do tipo "a nova gestão do Governo Federal tem empreendido esforços no sentido de equilibrar as contas públicas para iniciar o ano orçamentário" no intuito de justificar sua falta de ação.
Hoje é também a data de nascimento de Vicente Ferreira Pastinha, o mestre Pastinha, nascido em 5 de abril de 1889.
OBS:
Um dia depois do falecimento de Mestre Bigodinho, o Iphan publicou a lista de candidatos aprovados para participar da seleção do prêmio Viva Meu Mestre - edição 2010, que concederá a 100 mestres de capoeira o valor de R$ 15.000,00. A iniciativa tem o objetivo de reconhecer e valorizar o trabalho que estes mestres tem desenvolvido ao longo de suas vidas. Mestre Bigodinho é um dos que está na lista de aprovados para a seleção, porém, para ele, esta ação do governo chegou tarde demais.
Tive o privilégio de conhecer, todos os os Mestres mencionados no conteúdo e com quatro deles conviví, Artur Emídio, "Nacional", "Lua" e "Peixinho".
ResponderExcluirO Governo Federal, não se abstém de querer sancionar Leis, que venham proporcionar amparo aos difusores culturais, uma vez que as existentes, de uma forma ou de outra assinala para este objetivo. Entretanto, o mundo da capoeiragem, deveria abolir de seu cerne aspectos como: Egoncentrismo; onipotência que só pertence a Deus; não confundir humildade com subserviência; não utilizar o conhecimento para entrar nas realidades, para delas tomar posse; não achar que é dono da verdade; não desrespeitar aos que tem menos acesso ao conhecimento cultural, mas que educam onde a escola e a família são ausentes; a inflexibilidade e outras posturas perniciosas a evolução humana. Por outro lado, seria de vital importância, que todos os Mestres deixassem de olhar para si e começassem a olhar a Capoeira como um todo, e nela atuar da mesma forma que atua para o engrandecimento do grupo a que faz parte e ou, na auto-promoção. Dessa forma, além da capoeiragem voltar as suas origens, quando Capoeira era só Capoeira (sem codificações), haveria o equilíbrio e a únião necessária para conquistar os ânseios tão desejados por todos nós.
Que Oxalá nos ilumine, e não nos deixe chorar em vão pelos que se foram.
Iê! Viva Meu Mestre
Eu lisandro j s tive o privilegio de conhecelo po era uma figura estraordinaria a copoeira com certeza sentira falta da prezensa desse saldosso mestre.
ResponderExcluirAss. Lee Axé Palmares!