Esse mês adquiri outro boa obra nas minhas andanças literárias: a nova edição (2012) do Dicionário do Folclore Brasileiro de Luís da Câmara Cascudo. Um bom livro para aprofundar o estudo acerca dos nossos usos e costumes e mergulhar na diversidade da cultura brasileira. A 1ª edição do livro data de 1954 e de lá para cá já houveram 12 edições. Câmara Cascudo, nordestino, original de Natal (RN), é considerado um dos maiores estudiosos da cultura popular brasileira.
Trechos:
Bole-bole: espécie de samba na Bahia. Citando Eros Volúsia, Renato Almeida (História da música Brasileira, 163) esclarece: "O corpo todo entra em jogo; entra em jogo toda alma, e, instintivamente, giram pupilas, tremem testas, abanam orelhas, incham e desincham bochechas e o bole-bole das caras se torna mais interessante do que o das ancas em rotação."
pág. 124
Ladino: Finório, esperto, fino, manhoso, sabido, sabendo desembrulhar-se de qualquer situação. Escravo ladino ero o que já falava o português e podia desempenhar algumas funções caseiras ou do artesanato. Ver Negro Novo. Informa Pereira da Costa (Vocabulário Pernambucano, 414): "Nome dado ao africano já instruído na língua vernácula, religioso e serviço doméstico ou do campo, para o distinguir do negro novo, o recentemente chegado, e a que se dava o nome de boçal". (...)
pág. 388
Referência bibliográfica:
Cascudo, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. 12 ed. São Paulo: Global, 2012.
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